Nesses dias de incertezas, tenho tentado não relacionar nada que faço à você,
nem olhar teu número guardado com carinho e com uma espécie de nostalgia e esperança
no meu caderno de rabiscos diários.
nem olhar teu número guardado com carinho e com uma espécie de nostalgia e esperança
no meu caderno de rabiscos diários.
Tenho tentado não olhar tuas fotos e imaginar que junto de
você poderia está eu,
e sorriríamos sempre juntos, sempre com esse amor que seria fogo e ternura, ardência e doçura...
e sorriríamos sempre juntos, sempre com esse amor que seria fogo e ternura, ardência e doçura...
Eu ainda tento não viajar em sonhos e te imaginar ao meu
lado,
bagunçando meu cabelo e me fazendo sorrir...
Você, com toda a sua bagagem revolucionária,
me parece ter a capacidade de reafirmar o que sou...
bagunçando meu cabelo e me fazendo sorrir...
Você, com toda a sua bagagem revolucionária,
me parece ter a capacidade de reafirmar o que sou...
E no que você se faz de mim distante,
também distancia a mim de mim mesma...
também distancia a mim de mim mesma...
E nada posso, se não ficar tentando não pensar, sonhar e
lembrar da sua forma sublime e verdadeira de demonstrar esse amor
revolucionário.
Sua barba, seu cheiro, tudo que vivi e não vivi com você,
as madrugadas regadas de risos e analises de conjuntura,
e nosso amor dengoso-sacana-poético-de-quinta ainda continuam presentes em mim.
as madrugadas regadas de risos e analises de conjuntura,
e nosso amor dengoso-sacana-poético-de-quinta ainda continuam presentes em mim.
Ei moço,
Moço comunista, de barba,
vê se não esquece.
Moço comunista, de barba,
vê se não esquece.
Pois no fundo eu tô tentando tentar não esquecer...
Com amor e saudade,
a um moço barbado e sonhador que conheci na luta.
Da série: Cartas à alguém que não sei mais o nome.
MarinaC.