domingo, 16 de dezembro de 2012

porque despedida é sempre assim: amarga e nostálgica... :(

É, e lá se foram os tempos de colegial. Minha ultima semana de aula na E.E.F.M Instituto Imaculada Conceição, foi além de surpreendente, emocionante. Posso dizer que carrego para o resto da minha vida esses exemplos tão verdadeiros do que é se ter amigos. 

Fazendo uma retrospectiva de todo o meu percurso, lembro-me de como foi fantástico para mim a descoberta da leitura aos 04 ou 05 anos de idade. Lembro-me que li todos os livros da coleção "Literatura em minha casa"  e aqui
lo foi tão especial e eu sentia que tinha descoberto um novo mundo. Me recordo da minha querida professora Irenilde, e minha Tia (também minha professora), Marlineide Calixto, que me acompanharam e foram essenciais em todo esse processo de descobertas.


Na caminhada entre o 1º ano ao 4º ano do fundamental fui brindada com novas descobertas e muito sucesso. Tantas vitórias e objetivos conquistados, tantas vezes representei a minha escola, sempre com garra e amor pelo estudo. Sempre tive essa vontade quase que incontrolável de lutar para que as coisas mudassem e melhorassem. Me lembro da minha querida escola antiga, residida no também antigo Alagamar. A minha primeira escola, aquela onde eu aprendi a ler e escrever, onde dei meus primeiros passos rumo a uma jornada de sucesso e muito estudo. Escola que vi ser demolida, em virtude da nossa mudança de moradias, ocasionada pela inundação da Barragem Castanhão, que nos tirou de nosso lugar, em 2003.


Em 2004, passamos a estudar em um barracão de maderite, aquilo que seria uma escola improvisada, também foi palco de grandes histórias, grandes conquistas e amizades verdadeiras. Em 2006, conseguimos o nosso tão sonhado Reassentamento Alagamar. Nos mudamos e foi construído também uma nova escola, bem maior do que a nossa antiga e velha, aquela onde eu aos 2 anos de idade comecei a estudar.


Do 5º ao 9º ano, passei a ter novos professores, novos conteúdos, tudo se inovou. Já seria um conhecimento mais 'amadurecido' de tudo. Um tempo de crescimento, que ficará guardado na memória para sempre, onde construí outros grandes laços de amizade que sustento até os dias atuais.

Em 2010, tive que sair da minha escola local. Aos 13 anos, entrei no 1º ano do ensino médio. E me lembro do medo que eu tinha. Para uma pessoa de 13 anos, nascida e criada no campo, ir estudar na cidade, por mais bobo que soe, era algo muito distante e diferente. E eu senti essa diferença logo nos primeiros dias... Acostumada com uma sala de 15 alunos, tive que encarar uma de 40.

Tive medo, insegurança, mas posso dizer que venci tudo isso. Posso dizer que  fuibrindada e presenteada com uma legião de profissionais tão competentes e maravilhosos, que deixarão suas lições eternamente em mim. O 1º ano foi um ano de amadurecimento, de mudanças, um ano para vivenciar novas experiências. Encarei com sucesso, venci. O 2º ano, posso dizer que foi um ano de uma espécie de revolta no bom sentido, mas também veio acompanhado de algumas frustrações, porém conheci pessoas maravilhosas que estarão para sempre no meu coração. O 3º ano foi um ano de total crescimento espiritual e epistemológico, um ano surpreendente e maravilhoso em todos os sentidos. Levarei eternamente dentro de mim todos os momentos, o carinho, o amor, e os conhecimentos que conquistei esse ano.

Agradeço do fundo do meu coração a todos os que participaram direta ou indiretamente de toda essa minha caminhada. A minha família, um "Eu te amo" e um "Obrigado por tudo", obrigado por serem esses exemplos de caráter e amor. Aos mestres, um eterno muito obrigado por todo o esforço e os ensinamentos. Aos colegas, um grande abraço e os mais verdadeiros votos de felicidade e sucesso. Aos amigos mais próximos, tudo de mais maravilhoso que posso desejar, e um obrigado por terem colocado um sentido a mais na minha história.

Agora, é começar uma nova fase. Tenho um mundo todo para explorar e transformar. Espero que os meus sonhos de mudança continuem firmes e verdadeiros em mim, que eu possa construir uma vida recheada de honestidade e caráter. Que eu possa ser uma grande mulher, uma grande lutadora das causas sociais, e principalmente que eu jamais, em qualquer situação, tente excluir de mim essa tão grandiosa capacidade de sonhar, essa tão verdadeira vontade de transformar.
Agora, a próxima batalha será no 'mundo' universitário. UNIVERSIDADE lá vou eu... ;)



Por fim, acredito que cresci uns vários anos neste último. Acredito que construí uma felicidade que há anos eu buscava solidificar. Conheci pessoas maravilhosas, que deixaram em mim marcas e pedacinhos que ficarão para sempre em meu coração. Na despedida, confesso que chorei, que me angustiei, e que me certifiquei de que tudo agora será diferente. Mas contudo, aceito tudo isso com satisfação e felicidade. Sei que trilharei outros belos caminhos e conhecerei outras belas pessoas de agora em diante. 

Agora vai aí um pouquinho de como foi minha última semana no colégio - :DDDD


O Doutor! *--* ♥


Minha Karinny e Adolfo - Ex-colegas/ 2º ano ;)



Turma - Terceirão ♥


Minhas gatas - Terceirão ♥


Os melhoreeeees ♥


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

e tudo realmente passa.

Como o tempo realmente muda tudo que momentaneamente nos parece irredutível. 
Essa incontrolabilidade do universo, e essa lei do "tudo passa" é o que na verdade controla nossas vidas. E se for pensar, acho que é a nossa única salvação. 
O que vai, o que passa, quando nos faz falta dói, mas se compararmos isso com a possibilidade da eternização das coisas, com certeza preferiríamos essa lei das mudanças incontestáveis. 
Mas, quando olhamos para trás, e enxergamos toda a nossa vida e os caminhos que vamos tomando no decorrer do tempo, nos bate de forma arrebatadora uma incrível saudade. Mas já não é uma saudade dolorosa, um ardor sentimental. Na verdade, é uma saudade pacificadora, uma saudade que alivia. Alivia, porque seria um peso muito grande sermos os mesmos que éramos antes. Alivia, porque percebemos que podemos mudar, que podemos melhorar (ou não). Mas que acima de tudo, podemos ser autores da nossa história, nos tornando força motriz das mudanças. 
Feliz de quem muda e de quem admite a mudança. Feliz de quem vive e não se cobra por isso. 



E só pra combinar com o meu dia, escolhi para o Play "Veja bem, meu bem" do Los Hermanos, música que particularmente eu amo. *--*

Fragmentos.

E ela era sempre assim. Acho que era próprio do espírito dela. Sabe essas coisas que nascem com a gente e a gente nunca consegue se livrar? Era essa entrega fraterna dela com tudo que lhe parecia frágil. 
Acho que no fundo, no fundo, gente assim ainda é mais frágil do que quem ela ajuda. 
Gente assim ajuda para ajudar a si mesmo, faz isso tentando tapar o vazio inexplicável que reina dentro de si. 

- Rabiscos de um livro sem título
M.C

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

É, dessas coisas que a vida ensina.

E dessas coisas que só gente intelectual sabe, eu não sei não. Prefiro conhecer da vida e do que ela tem a me oferecer, do que aprender aritmética que não resolve minha dor.
Nunca entendi essa façanha da humanidade (contradição, quero dizer), colocaram em nós tantos números, mas nos tiraram o amor. 

Rabiscos de um livro sem título.
M.C

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

À alguém que não sei mais o nome.

Já faz alguns dias que não nos aproximamos, rimos, brincamos, como há pouco tempo atrás. Acho que de tanto viver e passar por isso, a gente já devia aprender verdadeiramente que tudo realmente passa, numa rapidez que pode vir a ser assustadora.
E em mim, tudo passa tão rápido e de uma hora pra outra eu já me sinto teletransportada noutra vida, com personagens temporariamente mais interessantes. 
E ainda há esse exagero persistente... Ah, o que posso dizer é que isto está presente em mim a todo momento, em cada parte do meu ser. 
Fico pensando no que você diria se ouvisse isso, talvez riria, aquele seu sorriso largo e incandescente. Seu sorriso... é o que me fascina. 
E agora são dias tão monótonos, sem nada de intrigante ou surpreendente. E essa paz mais me parece um fogo cruzado, uma armadilha para me distrair. Sinto que algo está por vir, e você não estará aqui. Acho que o destino brinca com a gente as vezes (quase sempre), não sei se é o destino propriamente dito, ou esse Deus que se esconde... Ou os dois, ou a gente mesmo que gosta de complicar. 
É tudo vasto e longínquo... A vida ou a gente?! Tudo. 
E você, estará longe, com alguém.
Que pouco importa?! 
Sinto sua falta somente agora em momentos singulares, sinto vontade de te ter por perto e ao mesmo tempo quero te ter longe, onde eu possa somente observá-lo, distante, sem que você me perceba, onde eu possa vê-lo como realmente és... 
Essa espontaneidade é o que me encanta. 


Cartas  à alguém que não sei mais o nome.
M.C 

sábado, 22 de setembro de 2012

e dizem que a solidão até que me cai bem...

Mais um dia, sem praticamente nenhuma significância. Essa solidão, deveras, me deixa exausta.
(não deveria?)
Sinto uma exaustão sem limite, como se um fardo pesado tivesse sobre em mim, e eu vivendo numa obrigação sem fim de carregá-lo até não sei onde, nem quando.
Tudo parece tão bem aparentemente, mas sempre existe esse vazio persistente, que não me deixa jamais.
Reservo-me as minhas observações do que me rodeia. Acho que na verdade o que eu queria era entrar na mente das pessoas, saber o que elas pensam ou querem, não sei porque ou pra quê...
Escrevo, como se não fosse eu que escrevesse, como se fosse alguém/algo incompreendido que habita dentro de mim.

Lá vem, lá vem, lá vem de novo... Acho que estou gostando de alguém. E é de ti (...)

Esse negócio de sentimento, é uma coisa séria e muito complicada mesmo... 
Se a gente for parar pra pensar o nosso ser é um emaranhado de coisas assim, confusas... 
Não entendo isso de me sentir atraída pelo impossível, de sentir saudade de momentos que nunca vivi.
Mas já estou tão acostumada com a minha chatice, quando se trata de amor, que não há nada mais de surpreendente. 
O amor é um sentimento tão bobo que já vem premeditado a acabar, ou melhor, eu não sei quem é o bobo da história, se é o amor, ou o homem que sabe que o amor acaba, mas quando ama jura aos quatro cantos que será pra sempre. 
Que homem ingênuo, o que ama. 


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nada é real... Do que penso.

 Constantemente criando sonhos e histórias ilusórias pra me manter viva aqui. Sinto-me presa nesse absurdo temporal, nesse emaranhado de incertezas, de façanhas, de apenas segundos, poucos meros segundos de paz... Me sinto só, e isso é o que me resta de mais verdadeiro aqui, em meio a esses sentimentos conturbados, incertos, inexplicáveis... Esses sonhos concretados em ilusões e mentiras que sei... Sei que não vão achar meio, razão, coisa qualquer que os faça tornarem-se reais. Sempre soube, alias. Estes, ficaram sempre aqui, só aqui... No mais profundo e secreto esconderijo dentro de mim.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"(...) Mas o medo não depende de crença ou descrença, medo entra pelo couro da gente, se enfia pelos poros, sabe lá. Você não tem religião, não frequenta missa, nem se confessa, não liga a sermão de padre: mas na hora de passar à noite com escuro por um lugar mal assombrado, você pode dizer por bravata que não tem medo, mas tem medo sim, e se ninguém estiver olhando você faz o pelo-sinal, por garantia."
(Dôra, Doralina - Rachel de Queiroz)
"Afinal amor é isso mesmo, a gente pegar um homem ou uma mulher igual aos outros e botar naquela criatura tudo que o nosso coração queria. Claro que ele ou ela podem não valer tanta cegueira, mas amor que se enganar..."
(Dôra, Doralina)
"E aos poucos, eu também ia me endurecendo (...). Meu coração cada vez mais me ocupava lugar menor dentro do peito, e só de noite, sozinha, é que eu lhe afrouxava a prisão. Só de noite é que eu sonhava e recordava, querendo ou sem querer. Dormindo, acordada, rolando na cama, minha velha cama agora de colchão novo, onde eu, viúva, me deitava atravessada. Dormindo, acordada, sonhando. E revivia, e relatava, e relembrava, naquelas horas sozinha, eu não podia abafar..."
(Dôra, Doralina - Rachel de Queiroz)