quinta-feira, 21 de março de 2013

Das coisas que me fazem um ser coletivo...



Esse sonho que me toma de forma tão voraz
é acima de tudo e antes de qualquer coisa 
o que me faz ser o que o que sou...

Vejo homens fatigados e exaustos, 
com mãos trêmulas e enrugadas,
que trabalham de sol a sol. 

Vejo mulheres reprimidas e sofredoras, 
que por trabalharem tanto e sentirem no mais íntimo de seu ser 
o peso de ser mulher pobre e não ter opção, 
perdem a notável esperança, 
e endurecem o coração e a alma 
e tudo que de ti faz parte.

São meus irmãos, 
meus semelhantes, 
e é por eles, 
para eles 
e com eles que luto.

Lutar, reagir, resistir, 
por mais que eles sigam desconstruindo o que acreditamos.
Lutar, por que dentro de mim existe uma ânsia 
tão humana e verdadeira, 
que me conduz à Revolução.

Porque em mim persiste forte e sincero 
o amor pelo meu povo.

Lutar porque chegará o dia 
que meus irmãos quebraram as correntes que os prendem 
e os que sempre nos exploraram verão que nada poderão fazer, 
porque o povo terá visto enfim, 
que nada nem ninguém pode domá-lo... 

Então tudo que sonhamos se realizará, 
como em uma nova manhã bela e pura 
e todos sorrirão felizes e satisfeitos 
e se reconhecerão uns nos outros, 
pois todos serão iguais, 
por mais que sejam humanamente diferentes ...

Há de ser lindo.